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A VOZ (ENCOSTEI O MAR EM MIM)

(André Bartilotti – Edvaldo Borges)

 

Brincando...

No quintal da minha casa,

Lá em Bonfim,

Achei um búzio.

 

Velho Guilherme é quem diz:

Esse búzio é de rio!

 

Mas, vê se nun tem lesma,

Bota na oreia,

Que tu vai uvi

A voz que vem do mar

 

Mas, vê se nun tem lesma,

Bota na oreia,

Que Tu vai uvi

A voz que vem do mar

 

Devagar encostei o mar

Devagar encostei o mar

Devagar encostei o mar

Em mim,

 

 

Ôh...laiá

Devagar encostei o mar

Devagar encostei o mar

Em mim

 

Voz rouca

Do silêncio profundo.

Fiz do meu mundo

Um rio

 

Ôh...laiá

Pra atender aquele chamado.

Atender aquele chamado

Aquele chamado, atender,

 

Do mar

Pra atender aquele chamado.

Atender aquele chamado

Aquele chamado, atender

 

Laiá

Devagar encostei o mar

Devagar encostei o mar

Em mim,

.

MANGABEIRA

(Edvaldo Borges)  

                  

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

 

Descer o Palame

Cruzar a Flor do Bosque

Dobrar a Aurora                         

E sair na Mangabeira

Na Mangabeira ah, ah, ah

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Pra saber do teu segredo, morena

Tem que vir de corpo inteiro

Tem que...

 

Descer o Palame

Cruzar a Flor do Bosque

Dobrar a Aurora                        

E sair na Mangabeira

Na Mangabeira ah, ah, ah

 

Na Mangabeira

 

Ahãm, ahãm,

Bem te queira, mal te queira

Viajei na partideira de bobeira

Chega à noite linda,

Vem passa a rasteira, doce som

Tá louco e bela

Meu marrom, cor da favela

Quem ela, me interessa

Vamo viajar sem pressa

Tá no baile, chama ela pra dançar

Tá no baile, chama ela pra dançar

Já desceu subiu ladeira

Já desceu subiu ladeira

Ela linda, a mais bela

Ela é a morena brasileira

 

 

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

 

Pra saber do teu segredo, morena

Tem que vir de corpo inteiro

Tem que...

 

Descer o Palame

Cruzar a Flor do Bosque

Dobrar a Aurora                        

E sair na Mangabeira

Na Mangabeira ah, ah, ah

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

 

Na Mangabeira

Beira, beira do mar

.

ITAPUÃZEIRO

(Edvaldo Borges)

 

Eu sou menino de outras terras

Meus ancestrais vêm d'além mar

Mas, também tenho desta terra

O meu coração tupinambá

 

Sou

Quilombola brejeiro,

Curumim, marinheiro,

De terra, céu e mar

 

Canto

Este samba faceiro,

Sou itapuãzeiro

Um filho de oxalá!

 

Que seja benvinda a criança,

Doce pureza da flor

Rebento sutil da lembrança

De histórias que o tempo levou

Vem renovando a esperança

Pra vida do pescador,

Traz a fartura, a bonança

Itapuã meu amor!

 

Embala na rede, a pequena criança

Ao som da antiga, canção de ninar

Embala no samba, no samba de roda

Que a roda da vida não pode parar

 

Embalaê,

Não pode parar...

 

Embalaê,

Não pode parar...

 

Que a roda da vida

Não pode parar...

 

Que a roda da vida

Não pode parar...

NO RUMO DO VENTO

(Edvaldo Borges e Fábio Passos

Feito curso d’água de um rio,

A dissolver barreiras a fio.

De dentro e fora de mim,

Segui meu destino pro mar...

 

Fui criar o meu próprio tempo,

Na batida do coração

No tempo do contratempo

Pra me reinventar na canção

 

Louvo a beleza do beija-flor!

E a magnificência do amor.

Eu quero uma vida bem clara,

Para luzir na coisa rara!

Lara, ra, rá...

SAUDADE É COISA BOA

(Edvaldo Borges)

Mas a saudade

É uma lembrança boa,

Que não se sente

Por qualquer pessoa.

É a voz de alguém do bem,

 Que ecoa irradiando o coração

 

Nessa cidade

Sinto-me tão só.

Viver aqui

É sempre mais difícil,

Tem que saber

Lidar com o artifício.

Mas, a falsidade;

Acho que deu um nó

 

Tu tens que ser

Um cara importante.

E não importa como alcançar.

Mais vale a grana

Que tu tens no banco,

Do que o amor

Que estás disposto a dar

 

Ai a saudade que dá

Quando lembro

Do São Francisco

Do bom forró

Do Pé de Serra

Do aconchego

De um amigo

 

Ai a saudade que dá

Quando lembro

Do São Francisco

Do bom forró

Do Pé de Serra

Selma, Tereza,

Helena e Chico

ORAÇÃO PRA IEMANJÁ

 (Edvaldo Borges)                     

 

Desde a areia da praia

Na beira ou em alto mar

Mãe soberana das águas

Onda que vem me banhar

 

Te venero todo dia,

Da tempestade a calmaria.

Da turbidez a transparência,

Dos tons de azul ao verde-mar

 

Proteja-me da maldade, mãe!

Daqueles que me odeiam.

Banha-os nas águas do mar do amar...

E da felicidade...

 

Salve a rainha das águas

Viva a senhora do mar

Dos peixes se fez sereia

Das ondas, Iemanjá.

 

Salve a rainha do mar

Inaê, Marabô, Dandalunda

Princesa de Aiocá,

Isis, Macunã, Janaína

 

Odô, odô, odoyá

É Maria, é minha mãe

A beleza e a força da Yabá

 

Odô, odô, odoyá

Eis aqui minha canção

Pra louvar Iemanjá

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